Salvar Veneza

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dsdsdf Já não é novidade: Veneza corre o risco de desaparecer sob as águas da lagoa que a abrigou durante séculos. Um dos locais onde a ameaça é visível é a Piazza San Marco, que fica inteiramente submersa durante as marés mais elevadas de outono e inverno. Além de dificultar a vida dos habitantes e dos turistas, a água está causando danos consideráveis ao patrimônio arquitetônico da cidade, exigindo ações imediatas do governo italiano.

Veneza está afundando? Ou é o nível da água que está subindo? A resposta é complexa porque os dois fenômenos estão ocorrendo simultaneamente.O nível médio da terra abaixou cerca 23 cm em relação ao nível do mar. Isto em consequência da exploração da água subterrânea e da redução na pressão no subsolo.

Ao mesmo tempo, o nível do mar aumentou cerca de 8 cm por diversas razões, inclundo o crescimento orgânico de recifes da área, a ação da pressão atmosférica e do vento no Mar Adriático e a variação global no nível de mar, causada pelas mudanças no clima do mundo. Durante todo o século XX, o mar em Veneza subiu cerca de 1,27 mm por ano.

Em 1966, o alarme soou: a inundação daquele ano teve uma importância simbólica. Veneza e as outras cidades e vilas históricas da lagoa foram submersas por mais de 90 cm de água. Esse desastre natural desencadeou uma série de estudos, experimentos, projetos e trabalhos para a correção do problema.

Pesquisadores da Universidade de Swansea no Wales, Reino Unido, forneceram modelos computadorizados das camadas de rocha, incluindo junções, rachaduras e falhas, que permitiram compreender a origem da movimentação do solo.

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As soluções para o problema começam a ser implantadas. Os pesquisadores apontam dois tipos de trabalhos corretivos: proteger a terra e impedir o movimento violento das águas, evitando que as ondas de choque das tempestades marítimas cheguem à costa. Trabalha-se, também, para restaurar as defesas naturais do ecosistema.

Nas cidades e nas vilas, na lagoa e ao longo da costa, busca-se elevar a terra, mas essa iniciativa encontra limitações no patrimônio histórico e arquitetônico da região. Desta forma, o limite dessa elevação é de apenas 1 metro. Conseqüentemente, é necessário controlar a força das águas.

Hoje é consenso que os barcos motorizados contribuem parcialmente para os danos nos canais de Veneza. A agitação das hélices e das ondas lentamente estão “minando” as fundações dos prédios, advertem os cientistas. Os operários que trabalham na manutenção da cidade confirmam a tese. Eles estão encontrando buracos cada vez maiores nos embasamentos dos edifícios, exigindo a secagem dos canais para os trabalhos de correção ou a proteção contra as ondas.
Há três tipos de ataques: a água que “quebra” sobre a parede, a que se infiltra no subsolo e aquela que transborda dos drenos.
A terra está sendo protegida também das forças erosivas do mar por barreiras que se estendem para fora ao mar. No futuro, pretende-se construir uma grande barreira que proteja a lagoa inteira do mar. O Consorzio Venezia Nuova (autoridade de água de Veneza) é responsável para executar essas medidas de proteção.
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Sua tarefa principal neste momento é a construção de barreiras móveis nas entradas da lagoa, que entrarão em ação quando as marés excedem 1 metro. As barreiras móveis consistem de aletas-portas duplas, assentadas no leito do canal da entrada. Em condições normais de maré, elas estarão cheias de água e abrigadas em seus nichos de concreto pré-fabricado. Mas, quando as marés excederem 100 cm, um sistema de ar comprimido as esvaziará e as elevará até o nível de atuação. Nesta posição, elas isolam temporariamente a lagoa do mar, obstruindo o fluxo da maré.

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O projeto conceitual foi terminado em 1989 e em 1995 o MIT-Instituto de Tecnologia de Massachusetts, em Boston-EUA, produziu um estudo do impacto ambiental do projeto. Ainda em 2001 o projeto continua tramitando entre objeções políticas, ecológicas e econômicas. Enquanto isso, permanece a dúvida: Veneza resistirá?

Mais informações em:

2 Respostas to “Salvar Veneza”

  1. Francisco Says:

    Por acaso já estive em veneza. Uma cidade espectacular. Se afundar é uma pena.

  2. 7 Maravilhas da Engenharia Moderna! – Parte 1 « Pet Civil – UFJF Says:

    […] Mais informações National Geographic e Blog Engenharia Civil. […]

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